A Paralisia Cerebral é um distúrbio
de função motora devido a lesões cerebrais ocorridos no sistema nervoso
central da criança no período de desenvolvimento. Essas lesões podem ocorrer no
período pré-natal (antes do nascimento), perinatal (período que vai do começo do trabalho
de parto e até seis horas após o nascimento) ou na primeira infância (até os
dois anos de idade).
Para que uma criança com dificuldade motora tenha o diagnóstico de PC, é necessário:
Para que uma criança com dificuldade motora tenha o diagnóstico de PC, é necessário:
1. Que a lesão neurológica tenha acontecido durante a fase de desenvolvimento do sistema nervoso
central (SNC) (fase que vai desde o momento da concepção até os 2 anos de
idade).
2. Que a lesão neurológica não
seja uma lesão progressiva. A criança vai apresentar mudanças decorrentes
de seu crescimento e amadurecimento, mas a lesão em si é estacionária, ou seja,
não vai piorar e também não vai desaparecer.
Quais as consequências da Paralisia Cerebral Infantil?
Uma criança com paralisia cerebral tem dificuldade par controlar ou coordenar os seus músculos,
e até mesmo movimentos simples como comer e escrever se tornam difíceis.
Outras dificuldades que as crianças com paralisia cerebral podem
desenvolver incluem: o controle da bexiga e intestinos, afecções respiratórias,
transtornos convulsivos, dificuldades de aprendizagem ou alterações cognitivas.
Paralisia Cerebral Espástica:
É o tipo mais comum, e ocorre por lesão do córtex
motor do cérebro, região que comanda primariamente os movimentos. Nesse tipo,
os músculos têm, ao mesmo tempo, a força diminuída e o tônus aumentado, o que
se chama espasticidade. Os pacientes
apresentam os músculos enrijecidos, sendo difícil fazer o movimento tanto pelo
próprio paciente como por outra pessoa. Os
músculos mais tensos crescem menos, e por isso, a criança, com o tempo,
pode desenvolver encurtamentos musculares, conhecidos como contraturas. O
crescimento dos ossos, influenciado pela tensão dos músculos, também pode ser
alterado, evoluindo para as deformidades. Além disso, o desenvolvimento motor, a aquisição das atividades motoras como
sentar, engatinhar e andar, é atrasado
de forma leve, moderada ou grave.
Como tratar Paralisia Cerebral?
Todo tratamento tem por objetivo permitir que cada
criança desenvolva seu maior potencial em todos os aspectos de sua vida, assim
como evitar complicações.
O prognóstico é muito variável de individuo para
individuo e depende de inúmeros fatores como o grau de comprometimento motor; a
presença de alterações associadas; o aparecimento de complicações e também da
colaboração da família e do próprio paciente.
Diante de um diagnóstico que pode ter manifestações
clínicas tão variadas, que atingem funções tão diferentes quanto à capacidade
motora; a linguagem; a compreensão, etc., é impossível que um único
profissional da área de saúde consiga tratar o paciente de forma adequada e
abrangente.
O médico neurologista vai conhecer melhor a causa
do problema, diagnosticar e tratar as crises convulsivas e as alterações de
comportamento; o médico fisiatra é formado para conhecer as funções do
paciente, determinar o quanto cada uma está alterada e traçar o prognóstico
global de reabilitação; o médico ortopedista atua quando existem deformidades
que precisam ser corrigidas; o oftalmologista, o gastroenterologista e o
pneumologista vão participar quando alterações de suas áreas de especialização
necessitar de atenção.
Da mesma forma, a equipe também é composta pelo
fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo,
pedagogo, assistente social, musico terapeuta, arte-reabilitador, educador
físico, enfermeiro, técnico em órteses, e outros profissionais; somente a soma
do conhecimento de cada um destes especialistas e da atuação criteriosa de cada
um deles, poderá trazer a cada paciente com paralisia cerebral o tratamento
mais adequado, cujo sucesso será maior quando for melhor a integração da equipe,
dos familiares e do próprio paciente.
Que tratamentos estão disponíveis?
Não existe cura para a paralisia cerebral, porém
existem tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida dos portadores.
Para ajudar a tratar a paralisia cerebral
espástica, podem ser utilizados medicamentos, cirurgia e aparelhos ortopédicos
para ajudar a criança a alcançar a máxima função muscular possível.
Alguns remédios se destinam a tratar as convulsões
que algumas crianças com paralisia cerebral podem apresentar, enquanto que
outros podem ajudar a relaxar os músculos que encontram espásticos.
Algumas crianças com paralisia cerebral podem
chegar a precisar de cirurgia especial para deformidade nos braços e pernas com
fim de torna-los mais flexíveis.
Outro tratamento que se mostrou eficaz e seguro é o
tratamento com toxina butolínica A, que consistem em injeções em pequenas
quantidades do produto nos músculos afetados, resultando em um relaxamento e
facilitando os movimentos do paciente.
Esse tratamento permite uma melhora nas atividades
diárias de crianças e , consequentemente, um ganho de qualidade de vida.
Bruna, sua escolha em encarar tudo de frente é louvável e cheia de força e fé. Mãe não poderia agir diferente, mostrando ao mundo que tudo se supera com amor, dedicação, carinho e muita paz no coração.
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