quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O que esperar?

Tenho percebido, que sempre que converso sobre o Vinicius com as pessoas, a maior preocupação delas (sem exceção) é se ele vai andar...percebo também um certo sentimento de "compaixão", quando explico que não tenho essa resposta. Percebo que muitas pensam que é falta de fé...outras acham que é dificuldade de "aceitar", por isso resolvi explicar, pois acredito que este sentimento de incerteza, posso até dizer, de angústia, é um sentimento presente no coração de todas as mães de crianças portadoras de PC, e todas as pessoas que convivem com elas...
Posso dizer de todo o coração, que este assunto não me assombra mais, me preocupa sim, mas já não assombra não...
Desde o diagnóstico do Vinícius, que eu tenho aprendido muito com a vida, e amadurecido muito. E como eu já disse pra algumas pessoas, eu tinha duas opções: ou sentava e chorava e me lamentava, ou "arregaçava as mangas", e concentrava as minhas forças em tornar a vida do meu filho, (ou melhor, filhos, porque tudo isso também afeta e muito a vida do Gui) , a melhor possível, com a certeza de que tudo está nas mãos de Deus, e com o apoio de toda minha família e dos meus amigos.
Como vocês podem notar, rsrs, escolhi a segunda opção!!!
A partir desta escolha, nasceu no meu coração a certeza de que o meu filho vai sim, ter uma vida extremamente feliz! E isso independe do fato de ele andar ou não.
Tenho sim, fé e esperança de que ele possa andar, brincar e ter uma vida normal, mas também tenho a certeza de que só Deus conhece as razões de todas as coisas, sendo assim, se isso não acontecer (ele não andar), tenho a certeza de que mesmo assim ele poderá ter uma vida normal, brincar estudar, etc., claro que com suas limitações, mas o ser humano é um ser limitado, cada um tem sua limitação.
Passei a enxergar o fato do meu filho andar, como um detalhe ( e não me sinto culpada por isso), e não como uma prioridade, porque a minha prioridade é que meu filho seja feliz, e eu, junto com todos que me apoiam, farei tudo que eu puder, pra que ele também veja e sinta o "andar" como um detalhe. Pra que ele se sinta capaz de fazer tudo o que desejar, tanto "sozinho", quanto com "ajuda", porque "Tudo posso em Cristo que me fortalece" (Filipenses 4:13)
Por isso quero deixar aqui, para todas as mães, principalmente as que têm um filho especial, que não vejam apenas a fragilidade de seus filhos, que não subestimem as forças deles, nem as suas... depende de você se seu filho será da maneira que você o vê, ou da maneira que ele te vê!!! ;)

E o meu eu vejo assim: A criança mais feliz e amada do mundo!!!
Fazendo de mim a mãe mais feliz e amada do mundo, a minha família, a mais feliz, amada e abençoada do mundo!!! rsrs

Assim vivendo cada dia, sem saber o que esperar, mas esperando mais e mais felicidade! E quando a tristeza vier, não encontrará espaço para ficar, e irá embora! 



"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher; ..." Ec. 3; 1-2

terça-feira, 15 de julho de 2014

Ser especial...

No dia a dia, sempre me deparo com diversas reações quando conto a história do Vinícius, muitas pessoas tentam não demonstrar um sentimento de “pena”, mas sei que existe sim este sentimento, e não me incomodo...
Sei que muitos me acham “corajosa”, por ter um filho especial...mas não eu não sou...
Refletindo sobre esse assunto resolvi tentar descrever aqui (no ponto de vista de uma mãe) como me sinto...
Sei que ao estar grávida, toda mulher deseja que seu filho nasça saudável e perfeito, por isso muitas pessoas possam pensar que quando soube que meu filho tinha paralisia cerebral, me decepcionei, mas acreditem, não foi assim. Acho que o primeiro sentimento que me veio foi medo, medo de tudo o que ele possa vir a enfrentar na vida dele, mas logo meu coração se encheu de força, porque seja lá o que vier, ele NUNCA enfrentará sozinho. Eu estou aqui! E também não estou sozinha...tenho um Deus que cuida de mim o tempo todo e uma família e amigos maravilhosos...Aí você pode se perguntar: Se deus cuida de você porque permitiu que seu filho nascesse assim?
(Eu sei que muita gente se faz essa pergunta e devem imaginar que eu também já fiz também. Não eu nunca questionei isso)
O meu filho é saudável e perfeito!
Pra que todos entendam oque estou dizendo, precisam conhecer o Vinícius. Precisam acordar de manhã, olhar aquela carinha, que te recebe todos os dias com um sorriso. Precisam observar aquele olhar profundo, receber o carinho daquelas mãozinhas, aquele abraço gostoso e aquele beijinho babado rsrs.Precisam vê-lo brincando com o Gui e o carinho que ele tem pelo irmão! (É muito fofo rsrs). Precisam saber que ele entende tudo e também sabe se fazer entender pelas pessoas.
O Vinícius é a ternura em forma de gente. É lindo, carinhoso, esforçado...se eu tivesse que descrevê-lo em uma única palavra seria essa, ternura.
As pessoas precisam entender, que o que Deus me deu não foi um problema, nem um fardo, foi o melhor PRESENTE  que alguém pode receber. Um presente especial que precisa de cuidados especiais, por isso sei que Deus me escolheu, e sou muito grata à ele por isso.
Ser mãe de uma criança especial é uma benção, um privilégio, é conhecer o amor de uma forma muito pura.
Sei que ainda teremos muitas lutas e obstáculos pela frente, mas quem não tem? Então na verdade, ter dificuldades é “normal”, seja qual for essa dificuldade...


Apesar da vida “corrida” que temos (não somos nenhuma exceção), não é nenhuma tristeza ter um filho especial, e na verdade o que importa pra mim, é ver que meu filho é feliz, que ele nos faz feliz...andando ou não, afinal cada um de nós é único  especial,  ser “diferente” é “normal”...;)

terça-feira, 22 de abril de 2014

Tratamentos Importantes para Crianças com PC



Os pacientes de paralisia cerebral devem ser tratados de uma forma que seja possível colocá-los em condições de se integrar na vida comunitária. Deve haver uma equipe constituída de: neuropediatra, ortopedista, fisioterapeuta, psicólogo, terapeuta ocupacional e professores. A individualização do tratamento é uma das regras básicas.

As crianças com paralisia cerebral devem ser encaminhadas precocemente a centros especializados, onde receberão atendimento com ênfase em terapia ocupacional, fisioterapia e apoio psicológico. Os pais devem participar ativamente deste processo. A doença é permanente e a terapia é principalmente sintomática e preventiva.

Atualmente, os tratamentos para a espasticidade da PC e problemas relacionados incluem: medicação oral, injeção de toxina botulínica tipo A (botox), algumas medicações orais ( como o baclofen), cirurgia ortopédica, SDR, fisioterapia e aparelhos ortopédicos.

Nos últimos anos, as injeções intramusculares de toxina botulínica tipo A têm sido amplamente usadas. A toxina botulínica tipo A enfraquece os músculos por até 3 ou 4 meses depois da injeção, reduzindo a espasticidade num limitado grupo de músculos. O mais importante é que os efeitos são apenas temporários. E os efeitos colaterais parecem ser mínimos.

A infusão de baclofen, usando uma bomba implantada na parede abdominal, é claramente efetiva na redução da espasticidade causada por lesão da medula espinhal e pode também reduzir a espasticidade da Paralisia Cerebral. Entretanto, a infusão de baclofen não é efetiva permanentemente; quando se para a infusão, a espasticidade volta. Além disso, corre-se o risco de uma superdosagem, de adquirir a meningite e de outras complicações que podem exigir internamentos hospitalares repetidos. E mais, as conseqüências a longo prazo ainda não são conhecidas porque esse tratamento de infusão para a Paralisia Cerebral tem sido usado, apenas, por alguns anos.

As operações ortopédicas, incluindo os procedimentos de liberação do músculo e de alongamento do tendão, são também usadas para tratar as deformidades associadas com a Paralisia Cerebral Espástica. A cirurgia ortopédica certamente melhora a amplitude do movimento das articulações, facilitando o movimento das extremidades inferiores na criança. O maior efeito colateral é a debilidade muscular permanente, resultando em postura anormal e deformidades. Além disso, a cirurgia ortopédica não reduz a espasticidade diretamente, tratando somente as suas conseqüências.

O tratamento ortopédico pode seguir:

1- Métodos não cirúrgicos, como o uso de aparelhos ortopédicos que auxiliem a função dos membros superiores para atividades manuais ou que melhorem o apoio dos membros inferiores da criança ao solo (ÓRTESES).

2- Métodos cirúrgicos, pois algumas vezes o tratamento acima descrito é insuficiente para proporcionar um alinhamento adequado e uma função satisfatória para os membros da criança, e há necessidade da cirurgia. O ortopedista é, portanto o cirurgião da equipe.

Os casos irrecuperáveis são reconhecidos pelo neurologista após um curto período de observação, quando não há qualquer progresso motor ou mental, não há crescimento do perímetro craniano e as convulsões freqüentes. Esses casos devem ser encaminhados para instituições especiais.

Tratamentos Importantes:

* Tratamento ortopédico especializado;
* Tratamento odontológico especializado;
* Estimulação precoce e cuidados Neonatológicos;
* Tratamento oftalmológico precoce;
* Intervenção com Educação Física especializada (Natação);
* Hipoterapia (Equoterapia).


TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Como na Paralisia Cerebral nós só poderemos tratar as alterações musculares, que são a conseqüência e não a causa da doença, o objetivo final do tratamento ortopédico é a melhora da função motora da criança para que ela possa desempenhar cada vez melhor suas atividades físicas.

O tratamento fisioterápico tem como objetivos gerais:

* promover experiências normais de desenvolvimento;
* reduzir o reforço ativo de padrões de movimento e posições anormais;
* diminuir deformidades músculo- esqueléticas congênitas e contraturas articulares adquiridas.

O objetivos específicos são:

* normalizar o tônus;
* normalizar os movimentos, restabelecendo e estimulando as reações de endireitamento, reeducando os padrões centralizados dos movimentos (rotações) e reeducando os padrões recíprocos dos movimentos (coordenação e ritmo);
* minimizar contraturas e deformidades;
* melhorar equilíbrio;
* melhorar marcha;
* melhora da capacidade respiratória e aeróbica;
* melhora da circulação periférica;
* melhora da função;
* benefícios psicológicos.


Hidroterapia


Para que haja a diminuição do tônus, deve-se associar o calor da água (que irá provocar inibição da atividade tônica)com movimentos lentos e rítmicos e rotações e alongamentos suaves.

FORTALECIMENTO – membros comprometidos (neurônio motor superior ou inferior): movimento com auxílio da flutuabilidade sem aumentar o tônus.

RESTABELECER E ESTIMULAR AS REAÇÕES DE ENDIREITAMENTO – TRONCO E CABEÇA – Densidade relativa, turbulência e metacentro. Progressão aos exercícios: instruir o paciente a olhar em várias direções (para cima, para baixo, para os lados), a abaixar um braço e a movê-lo para frente e para trás, a mover ambos os braços na água, a flexionar uma perna.

REEDUCAR OS PADRÕES CENTRALIZADOS – déficit de movimento e controle nas cinturas escapular e pélvica. Rotações.

REEDUCAR OS PADRÕES RECÍPROCOS DE MOVIMENTOS – coordenação e ritmo dos movimentos: base para os padrões funcionais da locomoção.

MELHORA DA FUNÇÃO – equilíbrio e coordenação, redução do medo de cair, maior tempo de reação, melhora da dor, rolamentos, transferências.


As principais preocupações dos fisioterapeutas para conduzir as crianças com paralisia cerebral na água são:

1. Alteração de forma e densidades,
2. Inabilidade de criar prontamente os movimentos voluntários por causa da espasticidade;
3. Inabilidade de controlar os movimentos involuntários da atetose e ataxia;
4. Respiração ruim;
5. Dificuldades de compreensão e comunicação.

Os problemas podem ser posteriormente compostos por desordens da percepção, dificuldade de controle da cabeça, tônus postural pobre e falta de rotação sobre o eixo corporal.

Com o objetivo de obter aumento de amplitude articular, maior equilíbrio muscular, melhora nas fases da marcha, alívio da dor, melhora nas atividades de vida diária do paciente e redução da espasticidade dentro da água facilitando a realização dos exercícios, o grupo propôs a aplicação de padrões de Bad Ragaz de membros inferiores e tronco associado aos efeitos terapêuticos da água.

Os padrões utilizados ao longo das sessões foram : rotação, flexão e extensão do tronco com cargas e repetições progressivas; padrões de membro inferior como extensão – abdução - rotação medial do quadril - extensão do joelho – flexão plantar e eversão do pé; flexão – adução – rotação lateral do quadril – flexão do joelho – dorsiflexão – inversão do pé ; abdução unilateral e bilateral de membros inferiores.

O estado mental (ansiedade e estresse) do paciente influem no tônus muscular do mesmo modo que influem na tensão muscular em indivíduos normais. Por isso é de fundamental importância salientar a necessidade de manter-se relaxado e de controlar a tensão, cabendo ao fisioterapeuta intervir com meios de relaxamento, principalmente na respiração, para que a tensão não desencadeie a atividade muscular desnecessária. O biofeedback consiste num fator importante na eficácia do tratamento, e cabe a ele informar ao paciente sobre o êxito ou fracasso das tentativas de realizar o movimento mais próximo do normal.



A Paralisia Cerebral Espástica causa hipertonicidade, hiperreflexia e persistência anormal dos reflexos neonatais, pernas em tesoura (em adução) posturas anormais dos membros e contraturas, além da dificuldade de deglutição e salivação excessiva. Levando em consideração os efeitos terapêuticos dos exercícios em piscina são principalmente : relaxamento muscular, redução da sensibilidade à dor, redução de espasmos musculares e espasticidade, facilitação da movimentação articular, melhora da musculatura respiratória, aumento da circulação periférica e melhora da moral e confiança do paciente, e acreditando nos princípios físicos da água como auxiliares no processo de tratamento.

Por sua vez, o método Bad Ragaz utilizado em piscina tem como objetivo a redução do tônus muscular, relaxamento, aumento da amplitude articular, reeducação muscular, fortalecimento muscular, restauração de padrões normais de movimento, além de melhora da resistência geral
Objetivos do tratamento utilizando o Método dos Anéis de Bad Ragaz:

* redução do tônus;
* relaxamento;
* aumento da amplitude de movimento (ADM);
* reeducação muscular;
* fortalecimento;
* tração/alongamento espinhal;
* melhoria do alinhamento e estabilidade do tronco;
* preparação das extremidades inferiores para sustentação de peso;
* restauração de padrões normais de movimento das extremidades superiores e inferiores;
* melhoria da resistência geral;
* treinamento da capacidade funcional do corpo como um todo.

Utilizando o Método dos Anéis de Bad Ragaz como auxiliar , o terapeuta fornece estabilidade para o paciente e a posição de suas mãos influencia na movimentação do paciente e na quantidade de trabalho isométrico e isotônico realizado. Pode-se conseguir a irradiação dos músculos mais fortes para os que se encontram mais fracos.



Terapia Ocupacional


Em geral, a Terapia Ocupacional atua no sentido de aumentar o grau de funcionalidade global, conduzindo a criança para novas aprendizagens, dentro dos objetivos traçados na avaliação.

De acordo com o método Bobath, o brincar é o trabalho da criança, e é onde a criança pratica habilidades e ensaia papéis. Conforme o brincar se desenvolve, torna-se organizador das habilidades. O sucesso da criança reforça a repetição e providencia as bases para a aprendizagem e o desenvolvimento. O brincar leva ao domínio de muitas habilidades necessárias para o crescimento e a vida adulta.

Desta forma, as brincadeiras são integradas aos objetivos do tratamento em Terapia Ocupacional, e serão propostas atividades para encorajar a criança a desenvolver novas habilidades.

Alguns princípios gerais de tratamento na Paralisia Cerebral podem ser delineados, como:

- Preparação para a função: alongamento da musculatura encurtada, motivado sempre por uma tarefa, mobilidade a partir dos pontos chaves facilitando posturas adequadas, alinhamento corporal, regulação do tônus, controle motor e facilitação do desenvolvimento normal.

- Estruturação do ambiente, permitindo sua exploração pela criança.

- Desenvolvimento de hábitos independentes para brincar ou trabalhar, preparando a criança para a escola, vida social. As AVDs representam um papel fundamental no trabalho da Terapia Ocupacional.

Neste trabalho é importante levar em consideração os recursos disponíveis da casa e as necessidades da criança e da família, para a confecção de adaptações.

São observados pontos como: o tipo de habitação, como a criança pode se locomover no seu espaço, como dorme, onde brinca, como é o banheiro, onde estão suas roupas, onde toma suas refeições, quem brinca com a criança em casa e onde brinca, se vai ao quintal, aos vizinhos, ao supermercado, etc.

Finalmente, o trabalho da Terapia Ocupacional estende-se também à orientação escolar, pois a criança com paralisia cerebral necessitará de adaptações, assim como a escola poderá ter que fazer algumas modificações na sala de aula, banheiros, pátio.
Atualmente, com a inclusão de crianças com deficiência nas escolas regulares, torna-se importante capacitar a escola para receber estas crianças. O terapeuta ocupacional pode orientar a equipe escolar em relação às adaptações necessárias a cada caso, por exemplo: cadeira com braços, apoio para os pés, barras na lousa e nos banheiros, engrossadores de lápis, tapetes antiderrapantes na cadeira, fixação do papel ou caderno na mesa ou carteira.

Além das possibilidades de adaptação do mobiliário e do ambiente, é fundamental também a orientação quanto ao posicionamento correto ao sentar, ao ser colocada em pé, apoio dos membros superiores, a facilitação de posturas que inibam reações associadas que podem prejudicar a realização das atividades propostas.





Vinícius com a tia Cris (T. O.)















Fonte: 


terça-feira, 15 de abril de 2014



Compartilhando informações...

Paralisia Cerebral

“Paralisia cerebral” é um nome duro de ouvir. O desconhecimento geral sobre o problema leva a pensar erradamente que se trata de uma deficiência mental.

A Paralisia Cerebral pode ser provocada por múltiplas situações,  a mais frequente é a chamada anoxia de parto (falta de oxigenação do cérebro do bebê no momento do nascimento), mas também a prematuridade, más formações ou infecções variadas podem ter também as mesmas consequências. Nunca é uma patologia com uma tipologia única, por isso cada caso é um caso diferente. As estatísticas europeias, referem que em cada ano, pelos menos 200 crianças sofrem essa lesão neuromotora que fica para sempre, alterando, conforme a gravidade da lesão, a vida da criança e de toda a família.

É uma lesão que não escolhe status sociais, famílias nem situações e apesar da evolução da medicina, o numero de casos não estão diminuídos.







Paralisia Cerebral (PC) é dividido em três classificações principais para descrever deficiências movimento diferente. Estas classificações refletem também as áreas do cérebro que estão danificados. Os três principais classificações são:


Espástico
Paralisia cerebral espástica é de longe o tipo mais comum, ocorrendo em 70% a 80% de todos os casos. Além disso, PC espástica acompanha um dos outros tipos em 30% dos casos. Pessoas com este tipo são hipertônica e tem uma condição neuromuscular decorrentes de danos ao trato corticoespinhal ou do córtex motor que afeta a capacidade do sistema nervoso para receber ácido gama amino butírico na área (s) afetada pela deficiência. PC espástica é ainda classificados pela topografia depende da região do corpo afetada, que incluem:
Hemiplegia espástica (um lado afetado). Geralmente, lesões músculo-nervos controlados pelo lado esquerdo do cérebro irá causar um déficit de corpo direito, e vice-versa. Normalmente, as pessoas que têm hemiplegia espástica são mais ambulatorial, embora eles geralmente são primariamente prescritas órteses tornozelo-pé para evitar pés equinos.
Diplegia espástica (as extremidades inferiores são afetadas com pouca ou nenhuma espasticidade nas partes superior do corpo). A forma mais comum das formas espástica. A maioria das pessoas com diplegia espástica são totalmente ambulatorial e têm uma marcha em tesoura. Joelhos flexionados e os quadris em graus variados são comuns. Problemas de quadril, deslocamentos, e em três quartos dos diplégicos espástica, também estrabismo (olhos cruzados), pode estar presente também. Além disso, essas pessoas são muitas vezes míopes. A inteligência de uma pessoa com diplegia espástica não é afetada pela doença.
Tetraplegia espástica (todos os quatro membros afetados igualmente). Pessoas com tetraplegia espástica são menos propensos a ser capaz de andar. Algumas crianças com quadriplegia também têm tremores hemiparética, um tremor incontrolável que afeta os membros de um lado do corpo e prejudica o movimento normal.
Ocasionalmente, termos como monoplegia, paraplegia, triplegia, e pentaplegia também pode ser usado para se referir a manifestações específicas da espasticidade.
Atáxica
Sintomas de ataxia (CID-10 G80.4)  pode ser causado por danos ao cerebelo. As formas de ataxia são tipos menos comuns de paralisia cerebral, ocorrendo em, no máximo, 10% dos casos. Alguns destes indivíduos têm hipotonia e tremores. Habilidades motoras, tais como a escrita, digitação, ou usar a tesoura pode ser afetada, assim como equilíbrio, principalmente durante a caminhada. É comum  que os indivíduos tenham dificuldade visual e / ou auditiva.
Atetóide / discinéticos
Atetóide ou discinéticos tônus ​​muscular é misturado - e às vezes hipotonia (Hipotonia ocorrem normalmente antes de 1 ano de idade, o tônus ​​muscular será aumentada com a idade e progresso para Hipertonia). Pessoas com PC atetóide pode ter problemas segurando-se em uma posição ereta estável para se sentar ou caminhar, e muitas vezes mostram movimentos involuntários. Para algumas pessoas com paralisia cerebral atetóide, é preciso muito trabalho e concentração para levar a sua mão para um determinado local (como coçar o nariz ou para chegar a um copo). Por causa de sua dificuldade em manter uma posição, eles podem não ser capazes de agarrar objetos (como uma escova de dentes ou um lápis). Cerca de um quarto de todas as pessoas com PC têm 
PC atetóide . Ocorre o dano ao sistema motor extrapiramidal e / ou via piramidal e os gânglios basais. Ela ocorre em 10% a 20% por cento de todos os casos ..
Em recém-nascidos, os níveis elevados de bilirrubina no sangue, se não tratada, pode levar a danos cerebrais em determinadas áreas. Isso também pode levar à paralisia cerebral atetóide.

Entendendo um pouco mais...

Leucomalácia Periventricular ( LPV)



É um tipo de lesão cerebral que afeta recém-nascidos. Os ventrículos cerebrais são câmaras cheias de líquido. LPV é o enfraquecimento/isquemia do tecido cerebral ao redor dos ventrículos. Isso ocorre porque o tecido cerebral é ferido ou morto. Ela pode ser causada pela falta de fornecimento de sangue para o tecido, antes, durante e após o nascimento. É muito difícil dizer quando isso acontece. LPV é associado com HIV (hemorragia intraventricular).


Causas e Fatores de Risco

LPV é muito mais comum em lactentes prematuros que nos lactentes nascidos a termo.
Acredita-se que uma das principais causas desta condição são as mudanças no fluxo sanguíneo para a área ao redor dos ventrículos do cérebro, uma área frágil e propensa a lesões, especialmente antes de 32 semanas de gestação.
Quanto mais prematuro o bebê é, maior o risco de desenvolver esta doença.
Os bebês prematuros que têm hemorragia intraventricular (HIV) também estão em maior risco de desenvolver esta condição.


Sinais e exames:

Os testes utilizados para diagnosticar LPV incluir um ultra-som e ressonância magnética da cabeça.

Tratamento
Não existe tratamento para LPV.

Expectativas (prognóstico)
LPV é frequentemente associada com problemas neurológicos e de desenvolvimento em bebês, geralmente durante o primeiro ano de vida. Esta condição pode levar à paralisia cerebral, especialmente espasticidade (rigidez ou aumento do tônus muscular) nas pernas.
Bebês com LPV correm o risco de sérios problemas neurológicos, especialmente aqueles que envolvem movimentos como sentar, engatinhar, andar e mover os braços, porque esses bebes podem necessitar de fisioterapia.

Leucomalácia pode levar a problemas tanto de desenvolvimento físico como cognitivo( defict visual, auditivo, e na fala). Contudo, a gravidade desses problemas varia. Em alguns casos leves, a leucomalácia periventricular foi detectado em exames de imagem, mas não apresentavam sintomas. Neste caso, o bebê ainda necessidade de avaliações periódicas para detectar qualquer sinal de problemas. Nos casos mais graves, a LPV pode causar, paralisia cerebral ou outras formas graves de atrasos físico e cognitivol. Só o tempo dirá quão grave deficiência da criança. Uma criança com diagnóstico de LPV deve ser regularmente avaliada por um especialista de desenvolvimento. Isto pode ajudar a detectar problemas mais cedo para que você e seu bebê pode obter ajuda rapidamente.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A história do Vinícius

Vinícius nasceu dia 23 de Março de 2012. Um bebê muito desejado e esperado pela família, principalmente por seu irmão Guilherme, que sempre pediu nas suas orações, para o Papai do céu lhe dar um irmãozinho de presente! (Q fofo né?)
O sapeca do Vini se apressou e resolveu nascer antes do previsto...
Prematuro de 34 semanas, depois de quase quatorze horas em trabalho de parto, pois o primeiro médico que me atendeu, me prescreveu um Buscopan na veia e me mandou aguardar em casa ( disse que não seria bom o meu bebê nascer antes do tempo),  "resolveram" realizar uma cesariana porque o bebê já estava em estado de "sofrimento fetal" (isso 9 horas depois do primeiro atendimento) e nosso Vini nasceu com 46 cm e 2.170 kg.
Foram 16 dias de internação (12 na UTI Neonatal, com direito a apenas duas visitas diárias, de 30 minutos cada, e apenas os pais....foi terrível) e finalmente ele veio pra casa!
Tudo ia muito bem, até que aos 7 meses começamos a perceber um pequeno atraso no desenvolvimento dele, mas ao questionar a pediatra, sempre me dizia que esse atraso era "normal" em bebês prematuros.
Aos 9 meses, cansada de ouvir esta resposta, resolvi trocar de pediatra, pois o Vini ainda não se sentava sozinho, nem com apoio.
Foi aí que descobrimos, através do neuropediatra indicado pelo novo médico, que o Vini tinha uma lesão no cérebro, uma "tal " de Leucomalácia Periventricular. A partir daí, começamos o tratamento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.Essa lesão, causa uma sequela de Paralisia Cerebral, a Paraparesia Espástica...
São muitos nomes complicados..rsrs
Hoje, o Vini tem dois aninhos e é uma criança maravilhosa, a sequela que ele tem é apenas motora, a parte cognitiva (memória, raciocínio, visão, audição...) foi toda preservada, e apesar de ele ainda não andar, já está sentando e se desenvolvendo bem.
Resolvi criar o blog, porque muitas vezes procurei informações e percebi que há uma ausência grande, tanto de informação como de orientação. Para ajudar outros pais que tem anjinhos nesta mesma situação, quero me disponibilizar a buscar toda a informação possível, e postar aqui o desenvolvimento e os tratamentos do Vinícius.
Quero de coração, poder ajudar, pois são muitos os casos semelhantes...
Espero que fiquem à vontade....
SEJAM BEM VINDOS!